São Paulo, sábado, 20 de abril de 1996 |
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Shows da primeira fase dos Sex Pistols saem em álbum "Demos" e faixas ao vivo da banda inglesa chegam ao mercado MARCEL PLASSE
Em dois meses, os Pistols voltam aos palcos. As confusões são prováveis. A fúria é inerente. Mas, ao contrário da lenda, eles tocavam bem até Sid Vicious entrar. Ele era incapaz de achar qualquer nota em seu baixo. O álbum duplo "Sex Pistols Alive" registra a primeira fase da banda, mais "musical", com Glen Matlock no baixo. O disco se divide entre gravações "demo" (esboços e ensaios) e faixas ao vivo. As versões de estúdio são toscas, sem o verniz da produção da Virgin, que lançou seus álbuns. Incluem os futuros hits "God Save the Queen" e "Pretty Vacant" em primeiras tentativas e até uma faixa que nunca chegou à discografia oficial, "Satellite". E há uma inédita ao vivo: "Suburban Kids". O repertório dos shows inclui ainda as versões de "Stepping Stone", dos Monkees, e "No Fun", dos Stooges. A ligação entre os Pistols e a antiga banda de Iggy Pop é evidenciada nessa gravação. Embora os Pistols tenham sido marketados como algo novo -a negação do passado, segundo outro mito-, sua música era a continuação do rock primitivo dos Stooges. Muito mais curioso é o improviso de Steve Jones e do baterista Paul Cook com integrantes do grupo Sham 69, flagrado no disco "Shams Last Stand". Com o nome de Sham Pistols, eles tocam "Pretty Vacant", duas músicas do Sham 69, e "White Riot", do Clash. A raridade do registro é proporcional ao ódio que existia entre Pistols e The Clash. Um integrante da banda tocando The Clash é quase blasfêmia. Em 30 de julho, sai o disco ao vivo da nova turnê dos Pistols. As revisões das enciclopédias de rock já têm data para começar. Discos: Sex Pistols Alive e Shams Last Stand Artistas: Sex Pistols e Sham 69 Gravadora: Castle Preço: R$ 35 e R$ 20 (os CDs, em média) Texto Anterior: Angra percorre o Japão com heavy e batuque brasileiro Próximo Texto: Roberto Carlos diz que Pelé brincou Índice |
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