São Paulo, terça-feira, 23 de abril de 1996![]() |
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'Democracia é dizer sim a FHC'
WILLIAM FRANÇA
"Povo da Bahia. Existe a democracia. A democracia existe para que o povo diga 'sim' a Fernando Henrique", afirmou ACM. Gritando, o senador não conseguiu fazer com que os pouco mais de 200 manifestantes parassem de chamá-lo de "mentiroso". FHC era chamado de "cara de pau". Na praça havia cerca de 2.000 pessoas, segundo a segurança da Presidência. ACM tentava reverter as vaias, sem êxito. "Vamos fazer com que nossas vozes possam calar os poucos que reclamam, injustamente, de vosso governo (FHC)", disse o senador. Sem conseguir se fazer ouvir, o senador afirmou, pouco antes de encerrar o rápido discurso, lembrando que 'ama' a Bahia: "Vamos vencendo, etapa por etapa, com a democracia e com a liberdade, os inimigos do povo". Sobrou até para a cantora Gal Costa, que pediu um minuto de silêncio pelos mortos -sem sucesso- e cantou duas músicas sob gritos de "mercenária". Enquanto conseguiu falar, ACM lembrou que espera que o governo federal "faça muito" para ajudar o governo da Bahia a estruturar Porto Seguro, a fim de que se possa comemorar bem os 500 anos do descobrimento, no ano 2000. ACM aproveitou para sugerir, indiretamente, a reeleição de FHC. "Provavelmente, quem sabe, vossa excelência poderá presidir as comemorações no ano 2000", disse ACM. Forte vaias se seguiram. Em seu discurso, FHC fez referência indireta à sucessão:"Faço um apelo não aos que estão aqui nessa praça imensa, mas aos responsáveis, aos dirigentes dos partidos, àqueles que estão lá em Brasília, aos que estão dirigindo os partidos pelo Brasil afora (...), não está na hora de precipitarmos temas desnecessários". (WF) Texto Anterior: FHC assume parte da culpa por massacre e recebe vaia Próximo Texto: Sargento da PM é suspeito de matar líder Índice |
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