São Paulo, terça-feira, 23 de abril de 1996 |
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Suspeito nega ter matado Oziel
GEORGE ALONSO
A garota afirmou anteontem que recolheu o boné do algoz de Oziel logo depois de sua morte. O boné tinha um nome escrito: "Getúlio". Ontem, às 15h, o policial se apresentou para depor em inquérito policial civil em Marabá (PA), dirigido pelo delegado regional Vicente da Conceição Costa. "Fiquei lá só dois minutos. Desci do ônibus, levei uma pedrada e fui abatido. Caí, e me levaram na hora para o hospital Celina Gonçalves, aqui em Marabá, junto com outros quatro colegas, que foram baleados logo na chegada", disse. Marques está cego do olho direito e apresenta seis pontos pouco acima da sobrancelha direita. Ele admite que perdeu o boné. Segundo o sargento, ele chegou ao hospital de Marabá por volta das 18h. De carro, a viagem entre Eldorado e Marabá dura pelo menos uma hora e meia, em estrada de terra. O conflito começou às 16h. Se o relato do PM for verdadeiro, seria impossível que tivesse disparado contra Oziel. A morte do militante do MST ocorreu, segundo a acusação, depois de sua rendição. O comando da PM em Marabá informou que existe um outro Getúlio na corporação: o sargento Getúlio Dorta Sobrinho. Segundo a PM, porém, Sobrinho não estava na operação de desobstrução da rodovia. (GA) Texto Anterior: Sargento da PM é suspeito de matar líder Próximo Texto: Maior parte saiu de outros Estados Índice |
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