São Paulo, domingo, 28 de abril de 1996
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DEPOIMENTO

"Quando me separei do meu primeiro marido, há sete anos, achei que não conseguiria viver só. Hoje, acho que não consigo viver com alguém. Adquiri nesse tempo em que vivi sozinha uma série de vícios muito pessoais. Tenho que ter um guarda-roupa só para mim, por exemplo. De manhã, preciso de um tempo para acordar: gosto de tomar café na cama, lendo jornal, de preferência sem conversar muito. A decisão de morar separada do meu atual marido surgiu também porque nós dois vínhamos de outros casamentos e tínhamos filhos: a formação dos meninos dele é diferente da dos meus e na convivência isso gerou uma série de maus entendidos. Agora, quando ele está com os filhos, está só com os filhos. Vivo na minha casa, e ele na dele, mas nunca me senti tão casada. Existe a mesma amizade, carinho, respeito e fidelidade. Faço questão de estar com ele em datas como Natal, réveillon, Carnaval e Semana Santa. O vínculo é igual, só que no dia a dia fica muito mais suave. Em muitos casamentos tradicionais, o marido acha muito normal que a mulher comande as tarefas domésticas (além de trabalhar o dia inteiro). Nossa relação é de homem-mulher, não de patrão-empregada. Nas viagens ao exterior, passamos dias inteiros juntos e é o máximo. Gosto muito da companhia dele, mas não caio na tentação de voltar a viver junto.

Adriana Caruso, 40, é casada com o administrador de empresas Antônio Augusto Orcesi da Costa.

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