São Paulo, domingo, 28 de abril de 1996
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Conflito pôs cidade no mapa

LUIZ ANTÔNIO RYFF
DE PARIS

Fundada em 1196, a cidade de Mantes-la-Jolie, com 45 mil habitantes, só entrou no mapa em 1991, após um confronto entre jovens e a polícia que deixou três mortos e um centro comercial destruído.
Para muitos, Mantes-la-Jolie é sinônimo de problema por causa de Val-Fourré, onde vivem 25 mil pessoas.
É por causa de Val-Fourré que Mantes-la-Jolie é candidata a servir de sede para uma zona franca.
O subúrbio foi criado para abrigar imigrantes que foram trabalhar nas fábricas da Renault e da Peugeot em cidades vizinhas. Estrangeiros compõem 60% da população, a maioria da Argélia e do Marrocos.
O desemprego é de 30%. Cerca de 40% dos seus habitantes têm menos de 25 anos e a renda média é de 2.000 francos (R$ 400).
"A coabitação de comunidades de diversos parâmetros culturais causa medo nas pessoas.", diz Pierre Bedier, prefeito da cidade.
Para Bedier, o desemprego tem causas específicas. Começa pela crise na indústria automobilística e passa pela alta taxa de natalidade entre os imigrantes.
O prefeito espera que a zona franca crie vida nova em Val-Fourré: "Nesse bairro não há trabalho nem atividades sociais. Isso reforça a desesperança."
(LAR)

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