São Paulo, terça-feira, 30 de abril de 1996 |
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Eleitor diz que fez duas assinaturas diferentes
ANA MARIA MANDIM
O fac-símile das assinaturas de Amaral foi um dos 27 distribuídos ontem pelo deputado Alberto Goldman com o objetivo de provar a ocorrência de fraude na prévia. Procurado pela Folha em sua casa, na Rua Aburá, 97, bairro Casa Verde (zona norte de São Paulo), Wilson ficou surpreso com a acusação de que sua assinatura teria sido fraudada. "No primeiro turno, pediram que eu desse um visto. Aí, assinei como fazia nos cheques. No segundo turno, mandaram que eu assinasse, e eu escrevi meu nome inteiro, como está na carteira de identidade." Amaral, eleitor de João Leiva, está desempregado atualmente. Antes, fazia leitura de relógios de água da Sabesp. Sua mulher, Maria Aparecida, disse que já preveniu o marido sobre sua assinatura. "Eu já disse a ele que ele tem de ter uma assinatura constante." Paulo Eduardo de Oliveira, 22, ajudante de pintor e eleitor de Goldman, também confirmou a autenticidade de suas duas assinaturas, completamente distintas. Seu nome figura igualmente em um dos fac-símiles entregues à imprensa por Goldman. Procurado à tarde -e não encontrado- em sua casa, na Rua José Niccolini, 90, Freguesia do Ó, Oliveira telefonou à noite para o jornal. Sua explicação para a diferença das assinaturas se parece com a de Amaral. "No primeiro turno, assinei como uma rubrica. No segundo, o mesário olhou a assinatura e me obrigou a assinar como está na carteira de identidade." Texto Anterior: Goldman vê fraude em prévia do PMDB Próximo Texto: Prazo para tirar título termina domingo Índice |
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