São Paulo, terça-feira, 30 de abril de 1996 |
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Governo pode relaxar o aperto no crédito
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O governo estuda a possibilidade de aumentar o prazo dos financiamentos para operações de adiantamento, empréstimos e financiamentos praticados pelas instituições financeiras.Hoje, o prazo máximo é de seis meses para financiamento de bens, serviços e crédito pessoal por meio do sistema bancário. A equipe econômica ainda não definiu o prazo máximo para flexibilizar o crédito. Não está descartada a possibilidade de o prazo máximo para financiamento de bens e serviços ser fixado em 12 meses. A Folha apurou que o governo estuda aumentar os prazos de financiamento e, se tomar essa decisão, será para todos os setores e não só para passagens aéreas, conforme vinha sendo discutido na área econômica. "Vai ser algo mais amplo", disse ontem o presidente do Banco Central, Gustavo Loyola, ao ser perguntado se haveria uma flexibilização no financiamento de passagens aéreas. Compulsórios O governo estuda também reduzir os compulsórios recolhidos pelos bancos sobre depósitos à vista -hoje em torno de 80%. As mudanças devem ser discutidas na reunião de hoje do CMN (Conselho Monetário Nacional). Além disso, poderá ser determinada a redução do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para pessoas físicas proprietárias de micros e pequenas empresas. Hoje, o IOF é de 12% para pessoas físicas e 1,5% para empresas. O tributo de 12% poderá ser reduzido para 6% -percentual adotado antes do Plano Real-, como forma de amenizar a inadimplência (atraso de pagamento) no setor, permitindo um maior acesso das empresas de menor porte ao crédito bancário. Na pauta do Conselho Monetário Nacional também poderá ser incluída a autorização para que a CEF (Caixa Econômica Federal) compre a carteira de crédito imobiliário do Banco Econômico, sob administração do Banco Central. O Excel se recusou a assumir essa parte dos ativos do banco baiano. O governo vem ampliando lentamente o crédito. Em novembro do ano passado, ampliou de três para seis meses o prazo dos financiamentos de bens, serviços e crédito pessoal. Os financiamentos para aquisição de automóveis, camionetas e utilitários foi fixado em seis meses em agosto do ano passado. Texto Anterior: Simões articula criação de central sindical; Metalúrgicos da CUT assinam acordo salarial; Patrimônio encabeça venda de ações da CRT; Químicos do ABCD protestam na Unipar; Sinduscon pleiteia jornada mais flexível; GM tem produção paralisada por 4 horas Próximo Texto: Importações serão ligadas ao Siscomex Índice |
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