São Paulo, terça-feira, 30 de abril de 1996 |
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"Rei Lear" custou R$ 1 milhão
ELVIS CESAR BONASSA
A relação menor entre gastos totais e mídia, nesse caso, é apenas aparente. Os custos da peça ficaram muito altos porque ela foi produzida fora de São Paulo. "Tive entre 50 e 70 pessoas, durante 50 dias, em Curitiba, gastando com hospedagem, transporte e alimentação", diz o produtor Arnaldo Dias. Se fosse montada em São Paulo, custaria algo em torno de R$ 550 mil, segundo ele. "Sempre operei com 50% a 50% entre mídia e produção", diz ele, confirmando o padrão atual de gastos com marketing. "Se você não tem mídia, não tem público." No caso de "Rei Lear", a temporada em São Paulo é curta -começou na última quinta-feira e vai só até domingo. Isso obrigou a produção do espetáculo a incluir chamadas em TV para a peça. "Curta temporada sem mídia significa quebrar a cara." Há 15 anos trabalhando como produtor teatral, Dias identifica a entrada do marketing mais pesado em teatro com a chegada da Lei Sarney, primeiro mecanismo de incentivo fiscal para patrocinadores culturais. "Sem patrocínio não daria para fazer isso. O teatro não tem recursos para a mídia, não pode tirar despesas deste tamanho da renda de bilheteria." (ECB) Texto Anterior: Teatro adere ao marketing e orçamentos explodem Próximo Texto: "Brasil S/A" gastou menos Índice |
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