São Paulo, terça-feira, 30 de abril de 1996 |
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Nova geração do mangue se renova com punk, noise e rap Festival reúne novas bandas de Pernambuco e outros Estados SYLVIA COLOMBO
A nova geração do mangue tem no punk, no rap e no noise os principais referenciais. Como Chico Science e o Mundo Livre -bandas que inauguraram o conceito-, surgiram poucas. A mais representativa é o Eddie, de Pernambuco, que pratica o grunge e o punk com batuque brasileira. A originalidade fica por conta do Querosene Jacaré (o nome é uma alusão ao querosene da marca Jacaré, comum nos anos 70). O som da banda tem a levada dos emboladeiros nordestinos, rasgada por guitarras barulhentas e uma percussão pesada, que funde a batida do rap com a do repente. Entre os que pegaram a fórmula pronta estão o Brincando de Deus, que adotou o repertório e a postura grunge com um pouco da melancolia do pop britânico; o Living in the Shit, que decidiu comprar a fantasia musical do Planet Hemp; e o Mestre Ambrósio, que quase desistiu de fundir rock com o folclore da região para ficar só com a segunda opção. Depois de quatro edições, o Abril Pro Rock confirma-se como o maior festival de rock de bandas brasileiras. Existe um projeto para levá-lo a várias cidades do Brasil já no ano que vem. Em 96, o evento ganhou também um espaço para outras manifestações artísticas. Durante o final de semana, a tenda do Circo Maluco Beleza reuniu grupos de percussão, exposição de fotos e brechós. Texto Anterior: Ruffles Reggae tem show extra domingo Próximo Texto: Arte/Cidade vira conceito globalizado Índice |
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