São Paulo, terça-feira, 30 de abril de 1996
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Identificado suspeito de matar 34

Crime ocorreu na Tasmânia

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A polícia australiana identificou como Martin Bryant o suspeito de ter matado pelo menos 34 pessoas anteontem nas ruínas de uma prisão que é hoje atração turística na ilha da Tasmânia.
Bryant, 28, foi preso na manhã de ontem depois de refugiar-se em um albergue de Port Arthur com três reféns. O local pegou fogo, e ele deixou a cabana com as roupas em chamas, sendo detido após 16 horas de cerco policial.
O suspeito de praticar o maior massacre da história da Austrália foi levado para o hospital e está sendo vigiado pela polícia. Ainda não foi feita nenhuma acusação formal contra ele.
Segundo a polícia, o número de mortos no massacre pode aumentar. Foram encontrados dois corpos no albergue e um terceiro refém está desaparecido.
Testemunhas afirmaram que o assassino chegou ao complexo turístico no início da tarde e conversou com turistas antes de entrar em um café, tirar um rifle de uma bolsa de tênis e começar a atirar.
A polícia afirmou que ele utilizou duas armas: um fuzil AR-15 e um rifle de assalto SKS. Outras pessoas foram mortas nas ruínas e no caminho entre o local turístico e um posto de gasolina.
Hábitos estranhos
A polícia disse que Bryant, que vivia em um subúrbio da capital da Tasmânia, Hobart, não tem antecedentes criminais, mas possui histórico de problemas mentais. Vizinhos disseram que ele tem hábitos estranhos e gosta de armas.
Uma ex-vizinha disse que Bryant e uma mulher de cerca de 50 anos se mudaram há quatro anos para uma propriedade em Copping (40 km ao norte de Port Arthur), onde viveram algum tempo. Uma vizinha disse que ele dormia com um filhote de porco e já teria ameaçado atirar em várias pessoas.
Bryant e a mulher sofreram um acidente de carro. Ela morreu e ele herdou seus bens. Segundo a polícia, seu pai teria se suicidado há cerca de três anos.

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