São Paulo, quarta-feira, 1 de maio de 1996
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FHC defende mudanças em conselho das Nações Unidas

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Fernando Henrique Cardoso disse ontem que, mais do que ter um assento no Conselho de Segurança da ONU, o governo quer saber para que servirá o órgão e "até que ponto" o país poderá cooperar.
Segundo ele, o objetivo do Brasil em ter uma vaga no conselho não é "o afã simplista que muitos imaginam". FHC discursou na formatura das turmas de 1995 dos novos diplomatas do Instituto Rio Branco.
Depois da solenidade, o ministro Luiz Felipe Lampreia (Relações Exteriores) disse que o Brasil quer o conselho "modernizado". Segundo ele, o órgão reflete uma política da década de 40, quando foi criado.
"O que o presidente quis dizer é que o Brasil não tem obsessão de ser membro do conselho a qualquer preço", afirmou.
Para Lampreia, o fato de o órgão ter só cinco membros permanentes não espelha o cenário internacional. "As decisões ficam subordinadas aos interesses dos cinco países (EUA, França, Rússia, Inglaterra e China)."
FHC disse ainda aos novos diplomatas que, sem a estabilidade interna, o país não pode ter boa projeção internacional.
Para ele, a nova agenda da diplomacia são de temas "globais", como a proteção ao meio ambiente e aos direitos humanos e o combate aos crimes transnacionais.
FHC voltou a condenar o massacre dos sem-terra no Pará. "É chegada a hora de que cesse o desrespeito aos excluídos". Ele pediu apoio ao Legislativo, Judiciário, aos Estados e municípios para resolver o problema.

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