São Paulo, quinta-feira, 2 de maio de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Reforma na Argentina começou em 93

DANIEL BRAMATTI
DE BUENOS AIRES

A Argentina iniciou uma reforma no ensino básico em 1993, quando entrou em vigor a nova Lei Federal de Educação.
O período da chamada Educação Geral Básica (equivalente ao primeiro grau no Brasil) passou de sete para nove anos, divididos em três ciclos de três anos.
Além disso, o pré-primário passou a ser obrigatório -na prática, os alunos permanecem dez anos na escola até completar o nível básico.
As crianças ingressam no pré-primário com 5 anos. Nesta fase, além de participar de atividades recreativas, começam a receber as primeiras lições de alfabetização.
O segundo grau (não obrigatório), que era de cinco anos, foi reduzido para três.
É no nível secundário que começa a educação técnica, orientada para o mercado de trabalho.
O currículo também sofreu alterações com a reforma.
Foram incluídas novas disciplinas, como computação, ecologia, formação ética e cidadania, e valorizadas atividades como leitura de jornais.
A educação artística passou a contemplar música, teatro, expressão corporal e artes plásticas. Línguas estrangeiras começam a ser estudadas no 4º ano.
Professores
A Lei Federal de Educação prevê ainda cursos de capacitação para que os professores se adaptem ao novo sistema. Na maioria das escolas, porém, a medida não saiu do papel.
A implantação da reforma não foi abrupta e nem todas as províncias adotaram os novos prazos.
A lei permite uma transição até o ano 2000, quando todas as escolas obedecerão a um regime unificado.
Enquanto isso não acontece, serão equivalentes, para efeito de transferências, os anos cursados nas escolas tradicionais e com o novo modelo.

Texto Anterior: MEC quer ensino obrigatório aos 6 anos
Próximo Texto: Nos Estados Unidos, pré-escola é opcional
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.