São Paulo, terça-feira, 7 de maio de 1996![]() |
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Oposição tenta urgência para votar R$ 180
DENISE MADUEÑO
A oposição quer também derrubar a MP (medida provisória) que instituiu o mínimo em R$ 112. A comissão formada por deputados e senadores para analisar a MP deverá ser instalada amanhã. Pelo calendário da presidência do Congresso, a MP será lida hoje, em plenário. Caso não seja apreciada em 30 dias, terá de ser reeditada, pois perde a validade. Amanhã, os partidos de oposição -PT, PDT, PC do B e PSB- se reúnem com o presidente do Congresso, José Sarney (PMDB-AP), para pedir a votação da MP. Até ontem não havia sido definido o relator da medida provisória do salário mínimo. O presidente da comissão mista deverá ser o senador Fernando Bezerra (PMDB-RN). Pelo rodízio feito entre os maiores partidos, a relatoria cabe ao bloco formado por PFL e PTB. Como a presidência está nas mãos de um senador, a relatoria será ocupada por um deputado. A escolha do relator esbarra na eleição municipal. A MP é considerada impopular e, portanto, os parlamentares cotados para o cargo de relator -que são necessariamente governistas- temem prejuízos eleitorais. Diante das especulações de que poderia assumir a função, o líder do PTB -partido da base governista no Congresso-, deputado Pedrinho Abrão (GO), negou que tivesse recebido o convite. Sem demonstrar entusiasmo, Abrão afirmou que o valor do salário mínimo é "justificável", mas reconheceu a dificuldade de relatar o assunto. Para ele, a MP vai precisar de ajuste. "Vou perder os meus prefeitos", disse Abrão. O deputado Paulo Paim afirmou que a relatoria "é uma bola nas costas que ninguém quer". Texto Anterior: Supremo deve negar liminar contra MP Próximo Texto: Deputado sugere tratamento diferenciado a microempresa Índice |
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