São Paulo, quarta-feira, 8 de maio de 1996
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Cadeia do trigo quer definir nova política

Encontro reúne moinhos e produtores

FELIPE MIURA
FREE LANCE PARA A FOLHA

Os produtores de trigo e representantes dos moinhos iniciaram negociação para uma política de longo prazo para o setor.
O primeiro encontro, organizado pela RC.W Consultores, foi realizado na semana passada em São Paulo.
O objetivo é conseguir tornar a cadeia do trigo, desde o agricultor até o consumidor, competitiva no mercado, segundo Paulo Rabello de Castro, da RC.W.
O financiamento da pesquisa, por meio de recursos arrecadados com o imposto de importação, e também uma alíquota móvel para essa tarifa são sugestões de Amarílio Proença de Macêdo, vice-presidente da Abitrigo (Associação Brasileira da Indústria de Trigo).
Uma das propostas da Abitrigo é fixar uma taxa para proteger o produtor brasileiro e do Mercosul durante a comercialização da safra. Essa taxa, porém, poderia ser reduzida nos períodos de entressafra.
O representante dos produtores, Guntolf Van Kaick, vice-presidente da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná, diz que além de mecanismos de proteção, é necessária uma estrutura de financiamento, via mercado futuro.
"A indústria nacional não tem recursos para financiar a produção ou a comercialização", afirma Cássio Rothschild de Souza, presidente do Sindicato da Indústria do Trigo no Estado de São Paulo.
"As tradings deverão ser praticamente o único comprador do trigo nacional nesta safra, pois contam com recursos externos a juros baixos", segundo Souza.
Outra tendência para a próxima safra é de que o preço ao produtor nacional deverá ter um deságio com relação ao pago ao trigo importado.

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