São Paulo, quarta-feira, 8 de maio de 1996
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Justiça pode quebrar hoje sigilo de conta corrente no Nacional

Delegado da PF suspeita que houve evasão de divisas

DA SUCURSAL DO RIO

O juiz da 4ª Vara Federal, Abel Fernandes, deve decidir hoje se determina a quebra do sigilo bancário das contas correntes brasileiras do Interbanco, o braço paraguaio do Banco Nacional.
O Interbanco tem duas contas correntes conhecidas no país, uma no Banco Nacional e outra no Bamerindus, ambas em agências em Foz do Iguaçu (PR), na fronteira do Brasil com o Paraguai.
O delegado da PF (Polícia Federal) Paulo Lacerda pediu -e a Procuradoria da República encaminhou favoravelmente ao juiz- a quebra do sigilo bancário das contas do Interbanco por suspeitar que pode ter havido evasão de divisas do país pelas contas.
O Interbanco já é objeto de outro inquérito da Polícia Federal, que investiga a saída irregular de recursos do país (incluindo dólares comprados no câmbio paralelo). Esse inquérito é um desdobramento do caso PC Farias-Collor.
O procurador da República Rogério Nascimento disse que concordou com a quebra de sigilo bancário pedida por Lacerda para evitar que "as provas se percam no curso da investigação".
Nascimento diz que está sendo investigado um crime que começou há dez anos e que os bancos só precisam manter esse tipo de informação por cinco anos. Para ele, se a investigação demorar, "podem-se perder documentos".
O advogado Sérgio Bermudes, do Banco Nacional, diz que a quebra de sigilo bancário é desnecessária, pois não houve transferência irregular de recursos para o exterior pelo Interbanco.

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