São Paulo, quarta-feira, 8 de maio de 1996 |
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Abertura favorece crescimento, diz Bird
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
A previsão está em relatório sobre as perspectivas da economia divulgado hoje em Washington pelo Banco Mundial (Bird). O ritmo da integração econômica do mundo se acelerou entre 85 e 94 e vai crescer ainda mais nos próximos dez anos, diz o estudo. A globalização tem sido incentivada pela liberalização de políticas econômicas nacionais e pelos avanços tecnológicos que facilitam a criação de redes de transporte e comunicação mundiais. Até 2005, o Bird avalia que o comércio mundial vai se expandir a taxas superiores a 6% anuais em termos de volume, índice só comparável ao da década de 1960. O Bird também prevê taxas de juros moderadas no período e ambiente econômico estável, embora ressalte que ele nunca estará totalmente livre de riscos. No geral, os países em desenvolvimento tendem a ter uma fase de progresso nos próximos dez anos, mas os que tiverem políticas "ruins" vão ficar para trás em termos de integração e vão ter menores taxas de crescimento. O estudo mostra que foi isso o que ocorreu entre 85 e 94: os 25% dos países em desenvolvimento que se integraram mais depressa cresceram em média 3 pontos percentuais a mais do que os 25% que se integraram mais devagar. Na América Latina, o índice de velocidade de integração do Brasil não é dos mais altos: -0,28, em comparação com 1,44 do México, 0,65 do Chile e 0,59 da Argentina. Índices mais baixos que o do Brasil só tiveram o Uruguai, o Peru, o Panamá e o Haiti no subcontinente. O relatório diz que o Brasil tem "forte compromisso em diminuir a inflação", "possivelmente vai tratar" de seus problemas fiscais em 96, mas que a política monetária apertada continuará a segurar a demanda interna e o crescimento, como ocorreu em 95, devido a juros reais "extremamente" altos. Texto Anterior: Justiça pode quebrar hoje sigilo de conta corrente no Nacional Próximo Texto: Abertura da telefonia será votada com maior rapidez Índice |
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