São Paulo, quarta-feira, 8 de maio de 1996 |
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Motorista de ônibus faz greve em SP
LUIS HENRIQUE AMARAL
Participaram da assembléia cerca de 3.000 dos 55 mil motoristas, cobradores e funcionários administrativos das empresas de ônibus da cidade. A prefeitura anunciou a implantação de um plano de emergência para amenizar o impacto da falta dos ônibus. As peruas de lotação e os ônibus clandestinos (sem registro oficial) estão liberados para circular. A prefeitura também liberou o estacionamento nas áreas de zona azul e autorizou a circulação de ônibus intermunicipais no centro. Os motoristas reivindicam 48,39% de reajuste salarial. Esse percentual é obtido pela combinação de dois índices. O primeiro é o ICV-Dieese (Índice do Custo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) que foi de 33,69%, entre maio de 1995 e abril de 96. O segundo é o do aumento de produtividade, calculado pelo sindicato em 11%. O sindicato ainda reivindica seguro-saúde e seguro de vida pagos pelas empresas. Apenas este ano, morreram 22 motoristas e cobradores em assaltos. A Transurb, o sindicato das empresas de ônibus, oferece 12% de reajuste salarial e o pagamento de 25% do convênio médico. Ontem à tarde, o presidente do sindicato dos motoristas e cobradores, José Alves do Couto Filho, fez um acordo com o sindicato patronal, no Tribunal Regional do Trabalho, para suspender a greve até quinta-feira. À noite, em assembléia, os motoristas rejeitaram o acordo da presidência do sindicato e decidiram pela paralisação. O prefeito Paulo Maluf determinou ontem que os grevistas sejam demitidos. LEIA MAIS sobre a greve dos ônibus na pág. 2 Texto Anterior: Taxistas fazem manifestação Próximo Texto: Estréia de novelas desencadeia o fim do mundo Índice |
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