São Paulo, quarta-feira, 8 de maio de 1996
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Governo pode mudar regras sobre dívidas

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo poderá mudar, mais uma vez, as regras adotadas no final do ano passado para facilitar a renegociação de dívidas das pequenas e médias empresas.
As regras foram alteradas em março, mas essas empresas ainda estão encontrando dificuldades de renegociação com os bancos.
O presidente do Banco Central, Gustavo Loyola, disse que o governo está examinando as reclamações dos empresários, mas ainda não há nenhuma decisão sobre o assunto.
Segundo ele, o que os bancos querem é a redução do compulsório sobre os depósitos à vista recolhido ao BC. "Não pensamos em nenhuma mudança no compulsório no momento", afirmou o presidente do BC.
Segundo ele, é necessário esperar para saber qual o impacto econômico das medidas de flexibilização de crédito adotadas na última reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional).
As medidas aprovadas no CMN acabaram com o prazo máximo de financiamento com recursos bancários, que era de seis meses.
Além disso, o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para pessoas físicas foi reduzido de 12% para 5%. O objetivo das medidas foi estimular o nível de atividade.
PIB e juros
Loyola disse que é cedo para fazer previsões sobre o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano. Uma estimativa melhor, segundo ele, só será possível no segundo semestre.
A previsão do Ministério da Fazenda é que o crescimento fique entre 3% e 3,5%. O PIB mede as riquezas produzidas no país. A taxa de juros nos próximos meses deve continuar declinante, mas de maneira gradual, disse Loyola.
O presidente do BC afirmou que o governo não pretende adotar nenhuma medida para forçar uma queda mais rápida nos juros porque isso não é coerente com o plano de estabilização econômica.

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