São Paulo, quarta-feira, 8 de maio de 1996
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Emprego cai pelo 11º mês consecutivo, aponta CNI

DA SUCURSAL DO RIO

Pelo 11º mês consecutivo, o nível de emprego na indústria brasileira caiu em março, segundo a pesquisa mensal "Indicadores Industriais", da Confederação Nacional da Indústria, divulgada ontem.
A queda em março foi de 0,36% em relação a fevereiro e de 9,56% na comparação com março de 1995. O total de salários caiu 5,77% em um ano.
Segundo o subchefe do Departamento Econômico da CNI, Flávio Castelo Branco, todos os índices, se "dessazonalizados" (medidos com a exclusão das peculiaridades de época), caíram.
O emprego, por essa metodologia, recuou 0,73% no cotejo com fevereiro e 8,72% na comparação entre os primeiros trimestres de 1996 e de 1995.
"No fim de 95, fizemos uma previsão de 2% a 3% de crescimento industrial para 1996, mas, dependendo de outras informações, poderemos revê-la para considerá-la relativamente otimista", disse Castelo Branco. Ele atribuiu aos juros altos e ao câmbio a queda continuada nos indicadores.
O valor total das vendas caiu 5,01% na comparação "dessazonalizada" com fevereiro. Na comparação março de 96/março de 95, a queda foi de 9,72%. No cotejo entre os primeiros trimestres dos dois anos, a redução foi de 5,55%.
O número de horas trabalhadas caiu 4,24% na comparação com fevereiro, na série que inclui os fatores sazonais -se estes não forem levados em conta, subiu 5,13%.
Ainda segundo a pesquisa, o total de salários líquidos pagos aumentou 0,57%, na série que não levou em conta os fatores de época.
O indicador de utilização da capacidade instalada, submetido à "dessazonalização", mostra recuo de 0,6 ponto percentual sobre fevereiro (de 76,6% para 76%).
"As empresas brasileiras já ajustaram o que poderiam; agora, a questão é externa às empresas", afirmou Castelo Branco.

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