São Paulo, sábado, 11 de maio de 1996 |
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Juiz esperava por testemunha
IRINEU MACHADO
Esse fazendeiro é o mesmo que disse à Agência Folha ter colaborado com a suposta coleta de dinheiro para pagar a Polícia Militar por uma operação contra os trabalhadores sem-terra em Eldorado do Carajás (leste do Pará). Segundo Chagas, o fazendeiro disse que iria ao fórum lhe levar "uns papéis sobre alguns problemas seus". O fazendeiro acabou não comparecendo à reunião marcada. O juiz disse que não sabia sobre o que ele iria falar. Chagas disse que preferia não comentar as denúncias sobre a coleta de dinheiro para pagar propina à PM. "Não estou acompanhando o caso dos sem-terra. Só acho estranho que essas denúncias tenham aparecido tanto tempo depois do conflito", afirmou. Para o fazendeiro José Glediston Pompeu da Rocha, 50, de Marabá, "a denúncia sobre coleta de dinheiro é uma armação". Mas ele disse que o conflito que matou 19 sem-terra no último dia 17 era "previsível". "A chacina já era esperada. O que esse povo (os sem-terra) já matou de fazendeiros e de policiais nos últimos anos tornou o conflito previsível", disse. Rocha afirmou que o Estado está perdendo investimentos na região por causa da insegurança. Texto Anterior: Inquérito indicia 156 PMs no Pará Próximo Texto: Desapropriação foi contestada Índice |
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