São Paulo, domingo, 12 de maio de 1996
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Pílula para emagrecer é moda

SUZANA CAMARÁ
DA REPORTAGEM LOCAL

Primeiro foram os regimes pitorescos. Batizados de "dieta de Beverly Hills", "dieta dos astronautas" ou "regime do abacaxi", fizeram escola entre as gorduchas em busca de emagrecimento fácil.
Passado esse boom, a macrobiótica veio à tona. Deixou de ser exclusividade do universo zen para também reger a alimentação de inúmeras gordotas -que hoje, só de pensar em cereais integrais e legumes não-refogados, têm um verdadeiro faniquito.
E agora, depois de uma temporada inundada de diet shakes, uma nova mania comanda o esforço de emagrecimento da moçada: as cápsulas liquigels com fórmulas que ajudam a conter a fome.
Dentre todos os disponíveis no mercado, o DietMax, fabricado pela multinacional Kal -no mercado de vitaminas desde 1932-, virou a vedete dos papos de porta de escola e filas de supermercado.
O DietMax promete auxiliar na dieta de emagrecimento, ajudando a acelerar o metabolismo do corpo, o que resulta na perda de peso.
"Em dois meses perdi 7 kg e nenhuma grama de energia", propaga a nova magra Virgínia Saback, 40, dona do Zé'37, um dos mais badalados restaurantes a quilo do momento. Ela toma duas pílulas ao dia e jura que nunca se sentiu tão bem.
Alega que o DietMax, só por ter permissão para ser vendido livremente nos EUA, merece sua confiança. Pois é. Mas, se eu fosse você, antes de entrar na onda, levaria um frasco do dito cujo até seu médico -torcendo para que ele libere sua corrida rumo à esbelteza à custa das pílulas da moda.

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