São Paulo, domingo, 12 de maio de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Fotografias servem como prova

ROGERIO SCHLEGEL
DA REPORTAGEM LOCAL

A câmara fotográfica é considerada recurso indispensável para a segurança dos bancos, porque permite identificar os autores do roubo, e as fotos servem como prova no processo judicial.
"Ajuda mais que a câmara de vídeo, porque as imagens têm melhor definição e os juízes costumam levá-las em maior consideração", afirma o delegado Alberto Matheus Júnior.
O policial afirma que são comuns roubos em que nenhum funcionário, nem mesmo os vigilantes, quer identificar os assaltantes depois de presos.
No caso de um banco assaltado no último dia 6, na rua Bom Pastor, no Ipiranga (zona sul), as fotos permitem reconhecer com clareza dois assaltantes, que ainda não foram presos.
Elas são um bom exemplo de como esse recurso ajuda. Basta o gerente ou um dos vigilantes disparar a máquina para que comece a disparar, fazendo fotos em intervalos de tempo programáveis.
Segundo a polícia, o dispositivo custa cerca de R$ 200. "Com a cultura que existe hoje entre os vigilantes, ela ajuda mais que o alarme", acredita o delegado.
É preciso inclusive evitar gestos bruscos, que possam ser interpretados como tentativa de reação.
Mesmo que esteja armado ou acredite estar em posição privilegiada, a chance de o cliente dominar ou repelir os assaltantes é praticamente nula.
Os vigilantes devem agir para evitar que o assalto comece, barrando na porta as pessoas paradas pelo detector de metais e só as liberando após revista rigorosa.
Por preconceito, muitos vigias suspeitam apenas de homens e, preferencialmente, de negros. Por isso, as quadrilhas têm usado mulheres para entrar no banco com armas, que depois são distribuídas.
Mesmo que sejam paradas pelo detector de metais, acabam liberadas pelos vigias.
Cabe ao pessoal da segurança manter a atenção para identificar comportamentos que possam fazer supor que um assalto está para começar.
Nesses casos, devem tocar o alarme, mesmo que não estejam seguros que se trate de um roubo.
Depois que o roubo começa, os vigilantes não têm mais nada a fazer -exceto tocar o alarme.
(RSc)

Texto Anterior: Doenças de inverno serão tema de reunião; Curso analisa relação entre sintomas; Doação de remédios pode ser inócua; 40 semanas é melhor tempo de gestação; Pós-operatório de vesícula é analisado; Tecnologia torna operação mais cara; Cardiologistas fazem congresso em Santos; Evento aborda terapia de reposição hormonal; Especialistas discutem radicais livres; Livro tenta dar um xeque-mate na celulite; Infecção hospitalar aumenta risco de vida
Próximo Texto: Físico renomado perde concurso na USP
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.