São Paulo, domingo, 12 de maio de 1996
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Orquestra da Bayer vem ao Ibirapuera

IRINEU FRANCO PERPETUO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

O parque Ibirapuera serve hoje um antepasto musical ao tradicional almoço de Dia das Mães. Celebrando o centenário da empresa no Brasil, a Orquestra Filarmônica da Bayer toca às 11h na Praça da Paz.
A orquestra não é tão famosa quanto seu time de futebol. O Bayer Leverkusen já abrigou Tita e o campeão do mundo Jorginho, e atualmente conta no seu elenco com o também campeão do mundo Paulo Sérgio (ex-Corinthians).
Fundada em 1904, por funcionários da Bayer em Leverkusen (pequena cidade alemã próxima a Colônia), a orquestra contabiliza como glória máxima a participação em duas montagens de ópera: "A Flauta Mágica", de Mozart, em 1988, e "Fidello", de Beethoven, em 1991.
Seus cem músicos são dirigidos desde 1972 por Rainer Koch, regente de Munique que se vangloria de ter completado seus estudos de regência com Herbert von Karajan.
O programa tem a leveza habitual de concertos ao ar livre. As mães escaparam da indefectível "Marcha nº 1" de "Pompa e Circunstância", de Elgar. Em compensação, poderão curtir o "rei da valsa", Johann Strauss Jr., do qual serão interpretadas a marcha de entrada da opereta "O Barão Cigano" e a polca "Trovão e Relâmpago".
Bizet comparece com o prelúdio e o interlúdio do terceiro ato da ópera "Carmen". A parte dançante do repertório traz as "Danças Eslavas" nº 1 e 6, de Dvorak, e a "Dança Húngara" nº 5, de Brahms, celebrizada pelo filme "O Grande Ditador", de Charlie Chaplin.
Em meio a tantos bombons, haverá até espaço para música de verdade. O sofisticado prelúdio da ópera "Os Mestres Cantores de Nurembergue", de Wagner (abertura do extinto programa "Concertos Internacionais", da TV Globo), será sem dúvida um bom teste para a orquestra.
Outro grande desafio é o "Concerto para piano nº 5", de Beethoven, também conhecido como "Imperador". Composto em 1809, previa uma inusitada integração de piano e orquestra.
Quando esta integração funciona, o resultado é grandioso. No concerto de hoje, ao menos da parte do solista, não há o que temer. O pianista brasileiro Ricardo Castro venceu um concurso em 1993 interpretando justamente esse concerto. No final da apresentação, uma homenagem ao país com "Aquarela do Brasil", de Ary Barroso."

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