São Paulo, quarta-feira, 15 de maio de 1996 |
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Amenidades e cha-cha-chá Final dos anos 40, comecinho dos anos 50. Os adolescentes se reuniam aos sábados e, como ocorre em qualquer época, gostavam de dançar. Um casarão do bairro paulistano de Higienópolis não escapava à regra. Seus frequentadores adoravam a dança da moda, o cha-cha-chá. Um deles, filho de imigrante libanês, comparecia com duas de suas irmãs, Terezinha e Loreci. O outro tinha bem mais prestígio junto ao dono da casa. Namorava com uma de suas filhas. Passados tantos anos, os dois tomaram rumos distintos e pouco restou de comum entre eles. Um deles, homem de esquerda, engrossou a lista dos desaparecidos durante o regime militar. Seu nome, Rubens Paiva. O outro tornou-se um dos homens do establishment. Seu nome, Paulo Maluf. Na semana passada, a prefeitura paulistana anunciou que Rubens Paiva, por decisão de Maluf, se tornaria agora o nome nome de uma escola municipal. Texto Anterior: Acerto de contas; Efeito Sadam; Costas quentes; Humor presidencial; Fritura oficial; Procura-se mágico; Parecer jurídico; Cabra macho; Abraço forçado; Caminho torto; Violência no campo; Fogo cruzado; Tudo a esconder; Coro dos bombeiros; Arrastão antipoluente; Porquinho pão-duro; Visita à Folha; TIROTEIO Próximo Texto: BC cria programa de ajuda para 25 bancos estaduais Índice |
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