São Paulo, quarta-feira, 15 de maio de 1996
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'Policiais foram afastados'

DA REPORTAGEM LOCAL

O major Paes de Lira, corregedor-adjunto da Polícia Militar, disse que os dois policiais acusados foram afastados da rua e vão ficar trabalhando no escritório da Corregedoria.
"Eles não vão ficar presos porque não há culpa comprovada", disse Lira.
Segundo o comandante do 18º Batalhão, Selmann Narvaes, que também apura o caso, os dois envolvidos foram identificados como soldados Toni e Neri.
O major Lira afirmou que a Corregedoria até agora só ouviu a versão dos PMs. "Ainda vamos ouvir os parentes da vítima", explicou.
Os PMs disseram que Antônio estava bêbado e os agrediu. Portanto, dizem, foi preciso usar força.
Roberto Luiz Ayres, diretor do IC (Instituto de Criminalística), responsável pela perícia, não foi encontrado para esclarecer o motivo da demora.
Hospital apura
O diretor da Divisão Médica do Hospital da Vila Nova Cachoeirinha, André Lee, disse que será aberta sindicância para apurar a morte de Antônio.
"Ele entrou aqui no sábado à noite com sinais de espancamento. Nós não temos aparelhos de tomografia. Então, o procedimento é tirar radiografias e deixar a pessoa 12 horas em observação", disse.
"Como ele apresentou melhora, foi dispensado", acrescentou.
O Instituto Médico Legal e a Secretaria de Segurança informaram ontem que ainda não podem divulgar a causa da morte de Jaerte Antônio.
O médico André Lee acredita que deve ter sido uma lesão interna na cabeça. "Essas lesões são difíceis de diagnosticar", afirmou.

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