São Paulo, quarta-feira, 15 de maio de 1996
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Atlanta

THALES DE MENEZES

Apesar da boa fase, Fernando Meligeni depende agora de um "wild card" (convite) para disputar a Olimpíada de Atlanta. Por enquanto, o Brasil só tem vaga nas duplas femininas.
Diferentemente de vários esportes, o tênis não seleciona competidores para Atlanta organizando torneios pré-olímpicos. Para isso, é aproveitada a estrutura de ranking já existente no circuito.
A Federação Internacional de Tênis (ITF) estabelece, em acordo com o Comitê Olímpico Internacional (COI), uma data para a definição dos competidores na Olimpíada.
Este ano, a data fatal ficou programada para o dia 29 de abril. Estariam capacitados a ir para Atlanta os três melhores tenistas de cada país no ranking daquele dia, até preencher todas as vagas da chave.
O processo foi feito nos rankings de simples e duplas, tanto masculino (controlado pela ATP) quanto feminino (WTA).
A chave de simples masculina foi preenchida por tenistas colocados até a 71ª posição. Naquele fatídico 29 de abril, Meligeni ocupava o 82º posto.
No entanto, muita coisa pode mudar. Se Pete Sampras ou Andre Agassi desistir dos Jogos, outro norte-americano mais mal classificado ganha a vaga.
Mas, por exemplo, se Goran Ivanisevic desistir, a ausência de outros croatas no ranking abre chance para tenistas de outras nacionalidades.
Sem contar com a sorte ou o convite dos organizadores, o Brasil garantiu apenas a presença de Miriam D'Agostini e Vanessa Menga nas duplas.
Andréa Vieira estava mais bem colocada no ranking de duplas do que Vanessa, mas foi impedida de ir a Atlanta por uma estúpida regra que obriga a jogadora a ter disputado uma das duas últimas edições da Federation Cup, o que ela não fez.
Resta torcer para que os convites sejam aceitos e o tênis brasileiro participe com mais força da maior festa do esporte.

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