São Paulo, quinta-feira, 16 de maio de 1996
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General defende operação da polícia

Relatório fornece novos detalhes

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

As novas revelações sobre a morte do guerrilheiro Carlos Marighella, líder da ALN (Aliança Libertadora Nacional) não alteram a avaliação do general Oswaldo Pereira Gomes. Ele é o representante dos militares na Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos.
"Normalmente, a polícia tem de propor ao criminoso que ele se renda. Mas o que havia era uma guerra, e, em uma guerra, não se espera para eliminar o inimigo. Marighella foi vítima de uma emboscada, como várias que ele havia feito", disse o general.
Relatório
A ação do Dops/SP (Departamento Estadual de Ordem Política e Social) que culminou com a morte de Marighella começou a ser montada um mês antes com a prisão de três membros da ALN.
A informação consta de relatório do delegado Ivair Freitas Garcia, do dia 9 de novembro de 1969 -cinco dias depois da morte do guerrilheiro. O documento foi anexado ao dossiê da comissão.
A partir dessas prisões, continua o relatório, foi possível chegar a Paulo de Tarso Wenceslau e Manoel Cyrillo de Oliveira Neto.
Wenceslau teria dito em interrogatório que Marighella tinha ligações com os frades dominicanos, em especial com Yves de Lesbaupin e Fernando Brito.
A partir daí, o documento fala da "faina investigatória incessante" sobre os dominicanos que levou os investigadores a descobrirem que estava sendo preparado um encontro entre Marighella, Yves e Fernando, sem detalhar como chegaram à informação.
Colaborou Cristina Grillo, da Sucursal do Rio

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