São Paulo, sexta-feira, 17 de maio de 1996
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Policial pode ter achado que ladrão fazia bloqueio

SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO

Policiais civis suspeitam que o detetive Reginaldo Augusto de Mendonça não parou o Monza por acreditar que a blitz poderia ter sido montada por criminosos.
Na hora da blitz chovia muito na Linha Vermelha, o que pode ter atrapalhado a visão do detetive.
É a opinião dos policiais da 59ª DP (Delegacia de Polícia), em Duque de Caxias, onde aconteceu o atropelamento.
A Linha Vermelha é considerada por policiais como um dos locais mais perigosos da região metropolitana do Rio.
Via expressa que liga São Cristóvão (zona norte do Rio) à Baixada Fluminense, a Linha Vermelha costuma ser usada por ladrões de carros, que simulam bloqueios policiais para atacar as vítimas.
Talvez pensando nessa possibilidade o detetive da 31ª DP tenha decidido não parar o carro, suspeitam colegas da Polícia Civil.
Um policial civil que não quis se identificar, sob a alegação de que está proibido de falar com jornalistas, defendeu o detetive.
Segundo ele, se o policial parasse o carro, e a blitz tivesse sido armada por bandidos, seria morte certa.
Para o policial civil, nesses casos os ladrões não poupam policiais, quando descobrem sua identidade.
Por causa da chuva, os policiais militares estavam usando capas longas sobre as fardas.
Isso poderia ter facilitado ainda mais a confusão do detetive.
(ST)

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