São Paulo, sábado, 18 de maio de 1996
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Uma empresa

NELSON DE SÁ
DA REPORTAGEM LOCAL

Pelo jeito a bancada da Mendes Jr. passou dos limites. A nota de ontem, assinada
pelo presidente da República, lida nas redes, tinha como alvo os mineiros:
- O governo não está disposto a submeter projetos de interesse nacional a pressões de última hora que ameacem a aprovação. O mesmo se aplica às reivindicações atribuídas à bancada mineira, sobre dívida de uma empresa.
Ainda que venha atenuada, dizendo tratar-se de reivindicações "atribuídas", a nota aponta o dedo para os mineiros, tão preocupados com "uma empresa".
(Para os ruralistas é que não foi. Eles, que somam mais votos, tiveram as suas exigências atendidas ontem, como deu o Jornal Nacional.)
FHC evitou a palavra, mas os aliados saíram pela cobertura falando em "chantagem", caso de José Aníbal, na CBN e no SBT.
Até Luís Eduardo Magalhães questionou "certo tipo de demandas".
Quanto aos parlamentares da Mendes Jr., não foram vistos, na cobertura.
Morte e audiência O que não faz a concorrência. SBT e Globo tripudiaram sobre a morte na Bandeirantes, em Indianápolis.
A primeira sublinhou que, "enquanto a Indy ficou com os melhores pilotos e as melhores equipes, a IRL, que promove as 500 Milhas, ficou com equipamentos usados", sem segurança.
A Indy é do SBT. A IRL, da Bandeirantes.
A outra culpou a velocidade, muito maior em Indianápolis do que na Fórmula 1. Usou frases como "a morte a 360 quilômetros por hora", ou "o desafio da velocidade mata outro piloto".
Contrapôs, a "uma das pistas mais perigosas do mundo", a "corrida mais charmosa", em Mônaco.
Que a Globo transmite.
E-mail nelsonsa@folha.com.br

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