São Paulo, sábado, 18 de maio de 1996 |
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Corinthians demite Eduardo Amorim
VALMIR STORTI
Amorim ficou sabendo de sua demissão ao chegar para o treino da manhã, para o jogo contra a Ferroviária, pelo Paulista, apesar de ter ouvido anteontem, do vice-presidente de futebol, José Mansur, que seria mantido. "Tudo foi decidido em uma reunião com o presidente Alberto Dualib e com membros do conselho deliberativo, e eu fui voto vencido", afirmou Mansur. Para Amorim, a maior dificuldade que encontrou no período em que permaneceu no Corinthians foi a falta de opções no elenco. "Não tive condições de trabalho. Minha visão não era respeitada." "Está certo que existem limites financeiros para se reforçar uma equipe, mas quando eu pedi o Euller, não levaram a sério. No ano passado ainda tive o Elivélton." O clube teve que pagar multa por rescisão a Amorim, que tinha contrato até agosto. O valor, que pode chegar a R$ 250 mil, não foi confirmado pela diretoria. Números O motivo da demissão foi a derrota sofrida para o Grêmio, quarta-feira, por 3 a 0, no Pacaembu, que reduziu as chances de o Corinthians se classificar para as semifinais da Taça Libertadores. Apesar de ter conquistado dois títulos no ano passado -a Copa do Brasil e o Paulista-, a permanência de Amorim já esteve ameaçada neste ano. Depois da derrota por 4 a 0 para o Cruzeiro, na Copa do Brasil, em 24 de abril, os jogadores tiveram que interceder junto à direção para que Amorim continuasse no clube. Eduardo Amorim comandou o Corinthians em 108 jogos, com 52 vitórias, 28 empates e 28 derrotas, um aproveitamento de 56,8% dos pontos disputados. Nessas partidas, a equipe marcou 180 gols e sofreu 124. "Os jogadores foram heróis. Mesmo com um elenco reduzido eles deram o máximo e conseguiram dois títulos no ano passado", disse Amorim. Além de Amorim, o Corinthians demitiu outros dois funcionários por alegada contenção de gastos. O auxiliar de preparação física, Wagner Bertelli, 30, que estava no clube havia dez anos, e o supervisor de futebol Angelo Maccariello, que estava no Corinthians desde fevereiro, também saíram. "O Corinthians é um clube muito amador", afirmou Maccariello. "O Neme não sabia que eu estava informatizando o departamento de futebol para melhorar o trabalho. Tenho 20 anos de bola e sou mais profissional do que eles." LEIA MAIS sobre o Corinthians na pág. 9 Texto Anterior: Treinador nega versão Próximo Texto: Marcelinho discorda e sofre repreensão Índice |
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