São Paulo, domingo, 19 de maio de 1996
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Coréia teve projeto radical

DA REPORTAGEM LOCAL

Além do Japão, dois outros países asiáticos realizaram reformas agrárias logo após a Segunda Guerra com apoio americano: Coréia do Sul e Taiwan.
Nesses países, a maior parte dos trabalhadores rurais não era dona da terra, sendo obrigada a pagar uma renda ao proprietário.
A concentração de terras era grande. Na Coréia do Sul, apenas 4% da população rural respondia por metade da produção total.
Após a reforma, a maior parte dos trabalhadores vira proprietária. Na Coréia, a renda dos trabalhadores cresceu pelo menos 33%.
Coréia
A reforma coreana é considerada por alguns como a mais radical. Houve o quase confisco da terra -os títulos dados aos antigos proprietários chegaram a 10% de seu valor- e os novos proprietários quase nada pagaram.
Com o fim da Segunda Guerra, a Coréia viveu um período de conflitos entre os comunistas, com base no norte, e os pró-Ocidente (no sul), que só terminou em 1953.
Com o "perigo comunista" ao lado, o país entra em uma fase de muitas mudanças para melhor desempenho econômico e social -como a reforma agrária.
Taiwan
A reforma agrária em Taiwan durou oito anos (de 1948 a 1956) e atingiu um quarto da área agrícola total do país. Metade dos agricultores do país, ou 195 mil pessoas, foi beneficiada.

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