São Paulo, domingo, 19 de maio de 1996
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México é melhor exemplo da AL

DA REPORTAGEM LOCAL

O único caso de reforma agrária realmente massiva na América Latina foi o do México.
Iniciada em 1910, com a Revolução Mexicana, foi retomada no governo Lázaro Cárdenas (1934 a 1940) e, em menor escala, em outros governos nos anos 60.
Até 1934, cerca de 10 milhões de hectares foram objeto de reforma agrária. No governo Cárdenas, 20 milhões de hectares foram transferidos para 750 mil famílias (média de 25 hectares por família).
Apesar disso, em 1940 as "haciendas"(grandes fazendas) detinham 60% da superfície, contra 22% das pequenas propriedades.
Uma das principais críticas à reforma mexicana é o fato de os trabalhadores terem recebido áreas muito pequenas.
"Houve a transformação de uma imensa massa de sem-terra em uma imensa massa de minifundistas sem perspectiva econômica", afirma José Eli da Veiga.
Egito
A reforma agrária do Egito começou apenas seis semanas após o golpe militar de 1952, liderado por Gamal Abdel Nasser. A partir de 7 de setembro deste ano, nenhum proprietário poderia deter mais do que 126 hectares de terra.
A reforma era uma resposta a uma crescente violência no campo. Em 1950 havia 10 milhões de trabalhadores ociosos contra apenas três milhões produzindo.
Em 1961, é promulgada uma nova lei, que fixava em 42 hectares o teto permitido por proprietário.

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