São Paulo, domingo, 19 de maio de 1996
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FHC cede mais uma vez aos ruralistas

WILSON SILVEIRA
COORDENADOR DE PRODUÇÃO DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo FHC submeteu-se mais uma vez a uma política de barganha com o Congresso para negociar a reforma da Previdência com seus aliados.
Diante da ameaça de rebelião da bancada ruralista, o Planalto reeditou a medida provisória que trata da capitalização do Banco do Brasil com quatro itens a menos.
Esses itens ampliavam as ações do BB na cobrança de dívidas. Não se sabe quanto isso vai custar.
A MP tem prazo de um mês para ser votada pelo Congresso. Ela deverá ser acrescida de emenda patrocinada pela bancada mineira, que destina R$ 892 milhões para a construtora Mendes Júnior.
A empreiteira deixou de receber pagamentos do governo iraquiano durante a guerra Irã-Iraque, nos anos 80. Essas dívidas foram assumidas pelo governo, por meio do BB, e estão sendo negociadas desde então sem que haja acordo.
O presidente Fernando Henrique Cardoso reconheceu na sexta-feira que negociou com as bancadas ruralista e mineira para facilitar a aprovação em definitivo da reforma da Previdência.
FHC prometeu que o procedimento não vai mais se repetir.
Os acordos com as bancadas foram negociados pelo ministro para a Coordenação de Assuntos Políticos, Luiz Carlos Santos.
Privilégio
Os deputados aprovaram na quarta-feira privilégio que permite acúmulo de aposentadoria e salário por todos que ocupam cargos eletivos, como eles próprios.

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