São Paulo, domingo, 19 de maio de 1996 |
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Coluna Joyce Pascowitch
JOYCE PASCOWITCH
Se a idéia é ir à luta, ela sempre levanta bandeiras a favor das mulheres, mas na base do debate e longe de radicalismos ferozes. Formada em direito e doutorada em psicologia na Suíça -onde ficou exilada nos anos rebeldes do governo militar-, a carioca Rosiska Darcy de Oliveira (foto) é uma intelectual com um pé na política, outro na literatura -e o olho que nunca desgruda das questões femininas. Autora de diversos livros sobre o tema -muitos ainda inéditos aqui-, ela ocupa hoje a presidência do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, que funciona no Ministério da Justiça, onde prova que a teoria é prática possível. E viva a diferença! * Sexo frágil quebra? Sim -na mão dos desastrados. Rosa-shoking ou vermelho? Rosa-shoking é um vermelho que viu mais claro. Para quem você daria uma maçã do amor? Aos inimigos que estão de dieta. Emancipação é.... Não precisar mais se preocupar com isso. Quem você colocaria na mesma mesa de debate? Bill Gates e a senadora Marina Silva. Batom ou pára-quedas? Batom e asas. Dia Internacional da Mulher é bom para.... Lembrar que existem dois sexos diferentes, mas não desiguais. Quando é que você sobe no salto? Quando me falam de cima. Quem não vale um tailleur? Aqueles que não sabem que Coco Chanel estava do lado de cá. Para quem você escreveria um ensaio? Acabo de escrever um, para Nélida Piñon. Fêmea fatal ou fera radical? Radicalidade feroz foi uma fatalidade feminina. Guerra dos sexos mata? Quando os direitos não são iguais.... Os injustiçados vão à luta. Quem pode mais chora menos? Chora mais, pelo que não pode. Quem já dobrou o cabo da boa esperança? Quem já deu salto mortal. Misto quente A fotografia que mais faz sucesso na sala de imprensa do Palácio do Planalto traz a estrela da casa, é claro -só que ao lado de Juscelino Kubitschek. * A fotomontagem é motivo de todos os comentários -pelo inusitado da coisa. E é o maior hit entre os frequentadores do recinto. Andorinha São tantos os jatos privés que vão aterrissar em São Paulo para o casamento da filha de Naji Nahas, vindos de todas as partes do mundo, que o aeroporto de Congonhas vai servir apenas para pousos e decolagens. * Os Lears, Citations, Falcons e outros do gênero ficarão estacionados em Viracopos, até a hora de irem embora. Pára-quedas Pelo andar da carruagem, a turma de fora gosta mesmo de ver o que é que a Bahia tem. * Depois de Enrique Iglesias, presidente do BID, vir pessoalmente liberar recursos, agora é a vez de Fawzi Al-Sultan, presidente da Fundação Internacional de Desenvolvimento Agrícola -que faz parte da ONU e fica em Roma. * Ele aterrissa em Salvador no início de junho para liberar financiamento de US$ 40 milhões destinado a obras hídricas no Estado. ROMPIDA Nada a ver com corrida de cavalos. No vocabulário das lulus mais originais, a palavra é usada para definir o cansaço. Quando alguma diz "tô rompida" significa que está cansada, estressada, acabada. Vale ainda carregar no espanhol -com sotaque tipo cucaracho-, para acoplar deboche rápido à situação. Pomodoro Pela primeira vez Giorgio Armani resolveu disputar direto com adversários mais populares. * Uma concorrência entre grandes agências de publicidade da Europa vai escolher qual vai cuidar da conta de seus jeans. Nada muito institucional -e sim para vender. E-mail±joyce@folha.com.br Texto Anterior: Milton canta junto com 40 crianças Próximo Texto: A multiplicação da subjetividade Índice |
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