São Paulo, domingo, 19 de maio de 1996
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Estudioso reprova teleconsulta

ELAINE GUERINI
DA REPORTAGEM LOCAL

A teleconsulta divide a opinião dos esotéricos. Especialistas afirmam que o trabalho na área mística exige atmosfera propícia e, de preferência, contato humano.
Eduardo Cunha Faria, 48, que estuda angelologia há 23 anos, define os esotéricos que atuam na TV como "cartomantes de shopping center".
"Quem lida com oráculos precisa ter atitude de recolhimento e muita concentração", diz Faria, que também é médico e professor da USP -com especialização em histologia e embriologia.
Segundo ele, conhecer o anjo padrinho não basta para prever o que vai acontecer na vida de alguém. "A angelologia não diz o destino de ninguém. Os anjos apenas sugerem um caminho."
A taróloga Noédi Castanho, 44, que atua há 24 anos, diz que a teleconsulta é uma "mentira". "O tarólogo precisa ver a pessoa para poder examinar o seu campo áurico, onde toda a sua vida está registrada."
A vidente Cléa Rodrigues Lima afirma que só atende por telefone os clientes assíduos. "A distância não é problema. Já atendi clientes em outros Estados e no exterior. Mas só os videntes podem fazer isso."
A astróloga Bárbara Abramo, 42, autora do livro "No Céu da Pátria Neste Instante", considera a teleconsulta um "serviço limitado". "O trabalho astrológico é complexo e amplo. O contato humano faz muita diferença", diz. (EG)

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