São Paulo, segunda-feira, 20 de maio de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Ex-frade afirma que a morte foi na rua
CRISTINA GRILLO
Lesbaupin conta que um mês depois da morte de Marighella os dois frades foram transferidos do Dops para o presídio Tiradentes. Lá, foram inquiridos por "três ou quatro" militantes da ALN. "O Genésio não estava entre eles. Contei tudo o que havia acontecido. Nunca disse que Marighella estava no carro quando foi morto. Ele estava na rua." O ex-frade diz também não conhecer Tercílio Cavalcanti. Em seu depoimento, anexado ao dossiê sobre o caso Marighella entregue à Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos, Lesbaupin contou que viu o líder da ALN se aproximando sozinho e a pé do carro onde ele e frei Brito estavam. Segundo Lesbaupin, quando Marighella chegou, os dois frades foram retirados do carro, jogados no chão e os tiros começaram. Ele contou que, alguns minutos depois, ouviu o delegado Sérgio Fleury gritar para que os policiais parassem. Diz que não viu Marighella caído, mas afirma ter visto Fleury de pé no meio da rua. (CG) Texto Anterior: Policiais e guerrilheiros contestam laudo Próximo Texto: Havia infiltração, diz delegado Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |