São Paulo, segunda-feira, 20 de maio de 1996 |
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Brasil importa garrafas para bebidas
DA REPORTAGEM LOCAL Os brasileiros consumiram 1 milhão de garrafas de cerveja nos últimos meses, mas não notaram uma pequena diferença: a garrafa era importada.O mesmo ocorreu com os consumidores da nova versão do guaraná Brahma. A maior parte do refrigerante produzido neste ano foi vendida em garrafas compradas do México. O valor dessas importações de garrafas vazias é ainda pequeno. Em 1995, por exemplo, as três maiores cervejarias do país (Brahma, Antarctica e Kaiser) compraram cerca de 300 milhões de garrafas. Apenas 1 milhão era importado, segundo Carlos Eduardo Jardim, vice-presidente de assuntos corporativos da Kaiser. Neste ano, a Kaiser ainda está decidindo se vale ou não a pena trazer garrafas de outros países. Para os fabricantes de cerveja e de refrigerantes, a grande vantagem de importar garrafas é poder contar com o produto em grande volume em qualquer época. Foi o caso da Brahma, neste ano, com o relançamento do seu guaraná, informou William Gregg, diretor administrativo da empresa. Produção suficiente Apesar do frete e do imposto de importação, o preço das garrafas do México é semelhante ao das garrafas dos fabricantes nacionais. Segundo Gregg, o preço por mil garrafas importadas é de US$ 220. As empresas que fabricam garrafas no Brasil informam que o preço subiu, no máximo, 15% desde a decretação do Plano Real. Segundo Marcos Tibiriçá, diretor da Abrevidro, a associação que representa os fabricantes de produtos de vidro, não haveria necessidade de importar garrafas, pois a capacidade de produção é até maior do que a demanda estimada. Tibiriçá classifica de "desleal" a concorrência feita pelas garrafas fabricadas no México, onde existiriam subsídios para sua produção. O processo dessas importações começou com o credenciamento de um grande grupo mexicano fabricante de produtos de vidro, a Vitro Envases, junto ao Sindicato Nacional da Cerveja. O sindicato forneceu ao produtor mexicano as especificações técnicas sobre as garrafas usadas no mercado brasileiro. Texto Anterior: Staub critica 'bagunça' nas alíquotas de importação Próximo Texto: O valor da marca Índice |
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