São Paulo, segunda-feira, 20 de maio de 1996 |
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Vereador perde o filho e se candidata a negociador
IGOR GIELOW
A eleição, dia 30, é novidade. O candidato Lavery, e sua plataforma, não. "Bobby é um símbolo de North Belfast", diz o líder do Sinn Fein, Gerry Adams. Lavery é uma das figuras mais conhecidas na região da Leppers Street, onde montou um pequeno quartel-general perto de um monumento dedicado aos mortos do movimento republicano. Entre eles, seu irmão, Martin, e seu filho Sean. O primeiro foi esfaqueado até a morte por um militante unionista em 20 de dezembro de 92. A filha de Lavery, Danielle, estava junto do tio, mas não ficou ferida. "Pensei que houvesse um jeito de parar a violência. Mas não, mesmo sendo vereador não houve progresso", disse Lavery, um dos três vereadores de sua região -os outros dois são católicos moderados. Em 8 de agosto de 1993, quase nove meses depois da morte de seu irmão, um carro parou em frente à casa dos Lavery e disparou rajadas de metralhadoras. Sean, 21, morreu na hora. Para Lavery, que ficou preso entre 1971 e 1976 por porte de armas e munição, a morte do filho foi "o maior choque possível". "Sean havia nascido em abril de 1972, quando estava na cadeia", disse. A área de Andersontown, onde Bobby Lavery atua, é um local onde ocorrem 20% das mortes violentas de toda a Irlanda do Norte. Texto Anterior: Unionistas radicais pregam supremacia Próximo Texto: Sofrimento dificulta a paz, afirma irlandesa Índice |
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