São Paulo, terça-feira, 21 de maio de 1996 |
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Reivindicações são "espúrias", diz ACM
RAQUEL ULHÔA
Em virtude do acordo com ruralistas, o presidente reeditou a MP retirando quatro artigos que criavam dificuldades para os ruralistas e previam até a prisão civil dos armazenadores que desviam estoques oficiais. A bancada mineira quer que o BB reembolse a construtora Mendes Jr. pelos prejuízos que teve ao se retirar do Iraque durante a guerra com o Irã, nos anos 80. Para ACM, o governo não pode ceder. Na sua opinião, "é natural que o presidente Fernando Henrique Cardoso lute para ter maioria no Congresso, mas ele não pode ter medo de político". O senador disse que as exigências dos ruralistas e mineiros "afrontam o interesse do país". "Existem propostas que não são decentes. São espúrias e não serão aceitas pelo governo. E também terão o repúdio de vários parlamentares", afirmou o senador. Banco Econômico Ele disse que fazia as críticas "com a autoridade de quem foi contrariado no caso do Banco Econômico e continuou apoiando o governo". Desde a intervenção do Banco Central no Econômico, em agosto de 95, ACM buscou uma solução. A solução veio com a compra do banco baiano pelo grupo Excel, em abril deste ano. Ele acha que a solução demorou muito e foi menos vantajosa do que o acordo feito para salvar o Banespa. Para ACM, é obrigação do presidente ouvir as reivindicações dos parlamentares, mas isso não significa "ceder quando o pleito contraria o interesse do país". "O governo tem que reagir quando achar que o pleito não pode ser aceito. E, se as reformas constitucionais não forem aprovadas por causa disso, o governo deve dizer à nação de quem é a responsabilidade pela derrota", disse. Texto Anterior: Lobby incluiu PT e líderes de empresários Próximo Texto: Cronologia do lobby Índice |
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