São Paulo, terça-feira, 21 de maio de 1996 |
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Avaliação divide educadores
MALU GASPAR
Para Nilson Machado, chefe do Departamento de Metodologia do Ensino da Faculdade de Educação da USP, os erros encontrados nos livros estão sendo superestimados. "Há livros interessantes que, por conter esse tipo de erro, serão desvalorizados. Outros, que não acrescentam nada, mas sem nenhum erro, vão ser aprovados." Para Machado, a capacidade dos professores é subestimada. "Em casos assim, se o livro tem mais aspectos positivos do que negativos, o professor pode alertar o aluno para os problemas. Estão superestimando o poder do livro." A professora Marisa Del Coppio Elias, chefe do Departamento de Tecnologia de Educação da PUC, discorda de Machado. Para ela, a avaliação é importante. "Em várias regiões do país, o livro didático é o único instrumento de leitura que o aluno tem." Na opinião dela, embora a avaliação não seja subjetiva, dizer que a orientação para usar um torniquete em caso de picada de cobra é erro conceitual, é um exagero. "Na PUC mesmo fizemos um manual de primeiros socorros com essa orientação. É óbvio que são providências de emergência." Para Elias, as editoras deveriam ter mais cuidado na assessoria dos autores dos livros. "Mas os erros não são motivo para tirar os livros do mercado." (MGs) Texto Anterior: Abrale vai fazer pedido ao MEC Próximo Texto: Empresário quer melhorar Educação Índice |
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