São Paulo, terça-feira, 21 de maio de 1996 |
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Vestuário pressiona a inflação IPC da Fipe passa de 1,51% para 1,56% MAURO ZAFALON
Pesquisa de preços realizada pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), divulgada ontem, indicou reajuste médio de 1,56% nos últimos 30 dias terminados em 15 de maio, em relação a igual período imediatamente anterior. Na primeira quadrissemana, ou seja, nos 30 dias terminados em 7 de maio, o aumento tinha sido de 1,51%. O Dia das Mães foi o grande responsável pelo aumento da inflação, diz Heron do Carmo, coordenador do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe. As roupas de mulher, segundo o economista, ficaram 18,21% mais caras para os paulistanos no período, puxando os preços médios do setor de vestuário em 8,2% nesta segunda quadrissemana. Na primeira quadrissemana, a alta de vestuário tinha sido de 6,04%. A pressão do item vestuário teria sido ainda maior se as roupas de criança e de homem não tivessem registrado queda na taxa de reajuste na última pesquisa da Fipe. Educação e saúde Dois outros setores mostraram elevação moderada nos preços: saúde e educação. No primeiro caso, os aumentos vieram de custos médicos (mais 2,41%) e de planos de saúde (4%). Neste período do ano é reajustada a maioria dos contratos de planos de saúde, já que, em 1994, foi em maio que eles converteram as mensalidades para URV. Já na educação, a pressão veio de material escolar, que ficou 0,93% mais caro no município de São Paulo, contra aumento de 0,18% na quadrissemana anterior. Alimentos Os alimentos subiram menos, apesar do reajuste dos preços do frango. O aumento desse item foi compensado pela queda na carne bovina e no leite, diz Heron. A taxa do item alimentação recuou de 0,52% para 0,43%. Outro setor que teve pressão menor no custo de vida do paulistano foi o de despesas pessoais. O aumento de cigarros, um dos principais itens desse setor, foi compensado pela queda de preços de loterias e pelo reajuste menor nos custos de recreação e cultura. O coordenador do IPC diz que o comportamento do item vestuário vai determinar a taxa de inflação de maio. O repique na segunda quadrissemana, no entanto, fez o economista admitir taxa de até 1,3% neste mês, contra previsão anterior de 1,2%. O item habitação manteve-se estável entre as duas quadrissemanas (0,90% na primeira e 0,91% na segunda quadrissemana), embora aluguel tenha passado de 2,37% para 2,56%. As despesas com transportes também já pressionam menos, pois vai "sumindo" o efeito do reajuste dos combustíveis. A taxa baixou de 3,75% para 2,70%. Belo Horizonte Em Belo Horizonte, os preços subiram 1,26% na segunda quadrissemana de maio, conforme o IPCA, índice que apura a evolução dos custos para as famílias com renda de até 40 salários mínimos. O IPCA anterior havia sido de 1,28%. Já o IPC (famílias com renda de até oito salários mínimos) teve alta de 0,81% no período (contra 0,78% do anterior), segundo o Ipead (Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais). Texto Anterior: Há mais mulheres no mercado Próximo Texto: Ganhos após Plano Real estão acabando Índice |
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