São Paulo, sábado, 25 de maio de 1996
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Ministro apela por fim de privilégios

SILVIA QUEVEDO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FLORIANÓPOLIS

O ministro para a Coordenação de Assuntos Políticos, Luiz Carlos Santos, disse ontem, em Florianópolis (SC), que confia na ação do Senado para derrubar as alterações feitas pelos deputados no projeto de reforma da Previdência.
"O Senado deverá retratar o sentimento nacional, aprovando uma nova proposta, que elimine radicalmente todos os privilégios mantidos pela Câmara", afirmou, durante encontro com empresários na sede da Fiesc (Federação das Indústrias de Santa Catarina).
Para o ministro, a derrota sofrida nas votações da reforma da Previdência, na Câmara, na última quarta-feira, "não foi do governo, mas do país". Ele disse que o governo investirá na mudança do regimento interno da Câmara para evitar novas derrotas nas próximas votações.
"Sem a reforma não há como administrar a Nação. A mudança também passa pela alteração do regimento interno porque, como ele está, pune a maioria que sempre tem que se submeter à minoria, atual defensora dos privilégios", disse.
Segundo Santos, as reformas pretendidas pelo governo "são indispensáveis à Nação".
"Não há condições de sobrevivência do Plano Real e a busca pela modernidade acabou ficando comprometida por uma pequena minoria que votou contra os interesses da Nação".
Sem citar nomes, o ministro referiu-se inúmeras vezes à "pequena minoria que defende privilégios e vota contra a Nação".
"Temos hoje no país um modelo paternalista e autárquico. Ou a nação muda ou não haverá como ingressar na modernidade", afirmou.

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