São Paulo, sábado, 25 de maio de 1996
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MEC divulga rendimento escolar do país

PAULO SILVA PINTO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Maranhão, Tocantins e Amapá ficam empatados como os Estados campeões de baixo rendimento escolar no país, de acordo com uma pesquisa do MEC (Ministério da Educação).
Na outra ponta vem o Distrito Federal, que aparece com maior frequência no primeiro lugar em qualidade.
Em São Paulo, nem todos os alunos tiveram bons resultados. Os estudantes paulistas de matemática da 2ª série do 2º grau ficaram em 8º lugar, atrás de Minas, Paraná, Distrito Federal, Santa Catarina, Acre, Rio Grande do Sul e Espírito Santo (por ordem de desempenho).
Como foi o trabalho
A pesquisa foi realizada no final do ano passado, com 94 mil alunos de 2.333 escolas públicas e 550 particulares de todo país.
É uma representação proporcional, por Estado e tipo de escola, dos cerca de 34 milhões de alunos de 1º e 2º graus do país.
Passaram por ela alunos de duas séries do 1º grau (a 4ª e a 8ª) e de duas do 2º grau (a 2ª e a 3ª). Os estudantes responderam 30 questões de matemática e mais 30 de compreensão de leitura.
São oito tabelas, portanto, com o ranking dos Estados por série e por disciplina. Não é possível fazer uma média geral, porque são informações diferentes.
Os três piores Estados aparecem em último lugar duas vezes cada um. Acre e Amapá aparecem uma vez cada um.
Bons resultados
O Distrito Federal aparece cinco vezes em primeiro lugar. Minas Gerais tem três primeiros lugares.
São Paulo aparece uma vez no 8º lugar, duas vezes no 6º, três vezes no 4º, uma no 3º e uma no 2º.
Por região, a Norte é a que aparece com maior frequência em último lugar. Em primeiro lugar, empatam Sudeste e Sul.
A pesquisa custou R$ 1,5 milhão e deve ser repetida no ano que vem. O MEC não concluiu ainda as comparações entre escolas particulares e públicas.
Não possível comparar os resultados numéricos de agora com as provas que os alunos fizeram em 93. Mas, globalmente, diminuiu muito a diferença entre os piores colocados e os melhores.
Professores
O Distrito Federal tem o melhor rendimento e o melhor salário do país (R$ 377 por 20 horas semanais, para quem tem 2º grau), mas a coincidência acaba aí.
Minas Gerais, que tem o segundo melhor resultado, paga R$ 212,50 para quem tem 2º grau e trabalha 20 horas na rede estadual.
Fica atrás do Amapá (R$ 241), São Paulo (R$ 238), Rio de Janeiro (R$ 226) e Rondônia (R$ 216).

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