São Paulo, sábado, 25 de maio de 1996 |
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Matemática foi pior
PAULO SILVA PINTO
Essa é a média nacional, mas não houve grandes variações entre as regiões. O melhor resultado é o do Sudeste (22,8%), e o pior, do Nordeste (20,70%). As provas foram feitas para ter o mesmo nível de dificuldade, segundo Maria Inês Pestana, diretora de avaliação do MEC. Ela acha, porém, que a exigência de matemática pode ter sido excessiva em relação ao que os alunos são capazes. "A importância da matemática cresceu em relação ao passado, e os resultados dos alunos são piores do que em línguas em todo o mundo", disse ela. Mesmo assim, questões simples renderam resultados ruins. Para a 8ª série do 1º grau foi proposta a soma: 0,47 + 8 + 0,082 + 2,4 + 3,048. O acerto variou de 10% (Sul) a 17% (Centro-Oeste). A maioria dos alunos somou os algarismos sem respeitar as vírgulas. O ambiente cultural também influencia. Em uma questão de compreensão de leitura, os alunos de 4ª série do 1º grau leram um texto em que se contava que o cangaceiro Lampião recebeu esse nome porque seu fuzil estava sempre iluminado com os tiros. O índice de resposta correta variou entre 34% (Norte) e 27% (Sul). O Nordeste, onde vivia Lampião, teve 31%. (PSP) Texto Anterior: MEC divulga rendimento escolar do país Próximo Texto: Aluno do noturno é menos preparado Índice |
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