São Paulo, sábado, 25 de maio de 1996
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Aluno do noturno é menos preparado

MALU GASPAR
DA REPORTAGEM LOCAL

Resultados preliminares da avaliação aplicada em alunos de terceiras e sétimas séries da rede estadual de São Paulo mostram que alunos de cursos noturnos são menos preparados que os do diurno. A megaprova foi realizada em abril.
A Folha obteve as médias das provas em três delegacias de ensino da capital e interior do Estado, em um total de 111 escolas. A rede pública conta com 6.700 estabelecimentos.
Alguns colégios particulares fizeram o mesmo exame. A Folha obteve os resultados do colégio Bandeirantes, da capital.
O resultado, parcial e localizado, ainda não antecipa o geral, em que devem estar incluídos relatórios de 157 delegacias de ensino.
A matemática é a disciplina em que os alunos da rede pública tiveram o pior desempenho.
Em 12 questões, nenhum resultado ultrapassou o índice de 31% de acerto.
Já no Bandeirantes, o índice de acerto foi de 60%.
Em Santana (zona norte) participaram 43 escolas e 8416 alunos. Nas 48 escolas da Penha, de Vila Matilde e Artur Alvim (zona leste), onde estudam 65 mil alunos, fizeram a prova 9.554.
Os resultados de Ribeirão Preto se referem a 29 escolas da 2ª delegacia de ensino da cidade.
Em Ribeirão Preto, o menor índice de acerto também foi em uma questão de matemática: 35%.
Os resultados dos alunos do colégio Bandeirantes, particular, ficam acima da média dos da rede estadual em todas as matérias, com exceção de história. "Em nosso programa, as matérias de história são invertidas em relação ao programa da rede estadual", afirma Izeti Fragata Toralvo, professora que coordenou a aplicação da prova na escola.
A 8ª delegada de ensino, Nereida Nucchi, se surpreendeu com os resultados da prova de história da 7ª série do noturno, em que os alunos foram melhor que no diurno. "Os alunos da noite tinham como se dar melhor numa prova como a que foi aplicada porque tinham mais vivência e, provavelmente, menos decoreba."
Para ela, a fase mais importante da avaliação vem agora. "Vamos analisar os resultados escola por escola, e temos a vantagem de já saber onde estão os erros."
Para ela, seria "irreal" comparar resultados da rede pública com os do Bandeirantes. "Temos contextos completamente diferentes."
Os resultados das provas de crianças de 3ª série foram parecidos e com médias de acertos consideradas altas pelos delegados de ensino.

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