São Paulo, domingo, 26 de maio de 1996 |
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Corretor passou por duas operações
JAIRO BOUER
A primeira cirurgia foi feita há quatro anos. Vidigal estava fazendo uma série de curvas com seu jet ski quando sentiu um "estalo" no seu joelho direito. "Na hora percebi que tinha entrado em uma grande encrenca e que a solução do problema ia dar algum trabalho." O corretor procurou um ortopedista, que fez o diagnóstico de lesão no menisco e propôs uma cirurgia com artroscopia. "A cirurgia foi perfeita. Saí andando do hospital cinco horas depois de ter entrado. Não fiquei com nenhuma cicatriz." Fisioterapia O único problema foi que, de início, Vidigal não seguiu à risca a indicação das sessões de fisioterapia. "A evolução estava bem lenta. Mas a partir do momento que eu levei as sessões a sério, o joelho ficou ótimo. Em um mês já estava voltando a correr." Há cerca de três meses, Vidigal teve um acidente com sua moto em uma estrada de terra no litoral de São Paulo. A moto caiu em cima do mesmo joelho direito e a perna voltou a doer. "Procurei o ortopedista, que diagnosticou nova nova lesão no menisco. Fiz outra artroscopia e tirei mais um pedaço do menisco. Nem sei quanto sobrou." Dessa vez, Vidigal começou com a fisioterapia logo depois da cirurgia. "Vinte dias depois, já me sinto ótimo, consigo andar e até correr um pouco, sem nenhuma insegurança", conclui. Prevenção Protetores de joelhos e joelheiras vendidos em casas de material esportivo não previnem uma lesão de menisco. A melhor proteção é o desenvolvimento adequado da musculatura da perna. Os protetores, por exercerem uma pressão aumentada sobre a rótula (osso do joelho), podem até piorar a situação. Gilberto Camanho diz que o aquecimento e o alongamento adequados, antes e depois de práticas esportivas, ajudam a prevenir problemas. Camanho diz que, para o joelho, vale a regra de que a segunda lesão é sempre pior do que a primeira. Toda vez que uma pessoa tiver uma entorse (torção), ela deve proteger a perna, comprimir a região, seguir um repouso forçado, fazer aplicações de gelo e fisioterapia para recuperação. Não seguir essa regra pode implicar um problema ainda mais grave (com risco de ruptura de menisco e lesão de ligamentos) na torção seguinte. (JB) Texto Anterior: Artroscopia é mais adequada Próximo Texto: Pacientes de síndrome criam associação no HC; Síndrome atinge cerca de 2% da população; Gesso sintético ganha cores laranja e roxa; Medicina de grupo investe em prevenção; Hospitais tentam humanizar suas UTIs; Droga reduz risco de fratura em idosos; Hospital Universitário faz mais parto normal Índice |
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