São Paulo, segunda-feira, 27 de maio de 1996 |
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Abordagem é cinematográfica
ELVIS CESAR BONASSA
A peça, com Ester Góes e Francisco Milani, tem direção do também cineasta Denoy de Oliveira. E o texto favorece uma abordagem cinematográfica. "Como Se Fosse um Crime" se estende por um longo período de tempo, exigindo recursos de flash-back, iluminação e figurino da linguagem de cinema. Começando em um momento de afastamento entre os dois, a peça recua para mais de uma década antes, quando se inicia o caso de amor. Depois, retorna ao presente. "Ao colocar uma história de amor na perspectiva do tempo, a autora inclui um dado cinematográfico. Os encontros clandestinos ocorrem no apartamento de um amigo. "O lugar onde eles se encontram está como que suspenso no tempo", diz o diretor. Fora daquele quarto, a relação entre os dois parece impossível. Nenhum dos dois toma a iniciativa de romper o casamento para se entregar ao amante -a transformação do caso em casamento seria, para eles, o fim. (ECB) Peça: Como Se Fosse um Crime, de Ângela Carneiro Direção: Denoy de Oliveira Com: Ester Góes e Francisco Milani Onde: Teatro Mars (rua João Passalacqua, 80, Bela Vista, tel. 011/605-9570) Quando: quinta a sábado às 21h e domingo às 20h Quanto: R$ 20 (quinta e sexta) e R$ 25 (sábado e domingo) Texto Anterior: Flavio de Souza brinca com o tempo Próximo Texto: Pedro 2º reabre em Ribeirão Preto com coral da Argentina Índice |
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