São Paulo, segunda-feira, 27 de maio de 1996
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Aprenda a fazer o pão doce típico do lugar

RONI LIMA
DO ENVIADO ESPECIAL À OCEANIA

A península de Coromandel é um prato cheio para o estudante alternativo que deseja sentir a vida de um vilarejo com 3.000 habitantes na Nova Zelândia, aprendendo inglês, artesanato em madeira e culinária local.
Com escolas funcionando em pequenas casas de madeira em Whangamata e Whitianga, cidadezinhas na costa leste da ilha Norte, o grupo Coromandel Outdoor Language Centre oferece cursos e hospedagem em meio à natureza.
Muitos estudantes, como o suíço Igor Jousson, 22, se dizem deslumbrados com a força da natureza. "É fantástico poder estar do outro lado do mundo, em um país onde eu posso ver coisas diferentes, como gêiseres, e aprender surfe."
Maoris
Em busca de "um mundo novo", Jousson se inscreveu para um curso de inglês na cidadezinha de Mount Maunganui, com 20 mil habitantes, na baía de Plenty, região costeira localizada ao sul da península.
Ao longo do ano, a escola Mount Maunganui Language Centre promove cursos de inglês com lições de surfe, mergulho submarino e passeios por fazendas e matas. De lá, a uma hora de carro, você alcança a cidade de Rotorua.
Em uma reserva controlada pelos maoris (indígenas originários da Polinésia), o estudante visita gêiseres -com jatos intermitentes de águas térmicas- e se diverte com shows folclóricos dos remanescentes maoris.
Descontos
Além da pouca divulgação no Brasil, os mais caros preços de passagens de avião sempre foram um dos maiores complicadores na disputa de escolas da Oceania por estudantes que, em geral, preferem aprender inglês nos Estados Unidos ou no Reino Unido.
Agora, porém, as escolas da Austrália e da Nova Zelândia -que ficam literalmente do outro lado do planeta- têm a seu favor tarifas promocionais e um período turístico considerado de baixa estação.
Até 30 de novembro, a passagem Rio-Sydney-Rio ou Rio-Auckland-Rio (válida por seis meses), pela Aerolineas Argentinas, custa US$ 1.200. A promoção especial é válida para pessoas de até 35 anos.
A companhia australiana Qantas oferece também outra promoção: por US$ 640, o estudante pode fazer quatro vôos sobre o continente, qualquer que seja a distância entre os pontos.
Homestay
Aqueles acostumados aos caros preços do Brasil do Plano Real não vão estranhar o custo de vida da Austrália e da Nova Zelândia. Pelo contrário. Em geral, os gastos com alimentação, por exemplo, são um pouco inferiores aos brasileiros.
A comida é internacional, com restaurantes e lanchonetes de várias partes do mundo.
Bons pratos são encontrados com preços entre US$ 5 e US$ 20. Mas existem promoções -principalmente em lanchonetes orientais- abaixo de US$ 5.
Para morar, o ideal e mais barato é ficar em uma casa de família -a chamada "homestay". O estudante paga, por semana, a média de US$ 140, com direito a café da manha e jantar. Nos finais de semana, tem direito a almoço.
(RL)

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