São Paulo, terça-feira, 28 de maio de 1996
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Fiat rejeita indexação e quer premiar produtividade

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

A Fiat, que tem cerca de 20.700 funcionários, está decidida a não conceder antecipação e a não repassar a inflação aos salários.
Na análise da diretoria da empresa, essas duas ações caracterizam indexação. O que a Fiat pretende é premiar empregados que atinjam metas de produção, de vendas etc.
A Rhodia, que espera para este ano faturamento próximo de US$ 1,6 bilhão, tem a mesma estratégia. "A idéia é que o funcionário tenha participação nos resultados da empresa, na medida em que alcance metas", diz Gilberto Lara Nogueira, gerente-geral de Recursos Humanos da Rhodia.
No ano passado, conta ele, o montante reservado para os funcionários no programa de participação nos resultados da empresa foi de US$ 14 milhões. "Este ano estamos em fase de negociação."
Nogueira diz que a Rhodia pretende acompanhar de perto os salários dos concorrentes. Se pagarmos menos do que o mercado podemos perder bons profissionais. Se pagarmos mais corremos o risco de aumentar custos e não ter a rentabilidade de que precisamos."
A General Electric, dona de um faturamento de US$ 800 milhões (em 1995), também tem observado as empresas do seu setor e constatou que antecipações salariais estão descartadas por enquanto.
"Essa é uma prática que não tem acontecido no setor de material elétrico e mecânico. Solicitações sempre existem", diz Nahid Chicani, vice-presidente.
Ele diz que, se os negócios para a empresa forem bem, é possível que haja reposição de parte da inflação aos salários no dissídio. "Alguns setores estão bem ruins e outros dentro do esperado."
(FF)

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