São Paulo, quinta-feira, 30 de maio de 1996
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Campanha contra fumo quer dissociar cigarros de esportes

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A campanha do Dia Mundial Sem Tabaco, que se inicia amanhã, tem como mote neste ano o combate à associação publicitária entre cigarro e esportes ou cultura.
O slogan "A vida é mais emocionante sem cigarro" está em galhardetes (panos que ficam pendurados no teto) espalhados em 17 aeroportos do país.
O Ministério da Saúde deve limitar a campanha a isso, além de cartazes e panfletos, que hoje à tarde deverão ser distribuídos no Congresso Nacional.
"Nós pretendemos também conversar com formadores de opinião nas áreas de artes e esportes", disse Vera Luiza da Costa e Silva, coordenadora das ações de controle ao tabagismo do Instituto Nacional do Câncer, vinculado ao Ministério da Saúde.
Hoje, serão homenageados na representação da Organização Mundial de Saúde, em Brasília, o prefeito Maluf, o jornalista Boris Casoy, o publicitário Ênio Mainardi, a apresentadora Xuxa, o cartunista Ziraldo e parlamentares.
Eles serão homenageados por sua atuação na luta contra o tabagismo. No ano passado, a campanha tratava de economia e cigarro. O diretor-geral da instituição, Hiroshi Nakajima, estará presente.
O consumo de cigarro no Brasil cresceu de mil cigarros per capita em 94 para 1.100 cigarros em 95.
Porém, 94 teve o consumo mais baixo dos últimos anos. O pico foi em 1986, quando foram consumidos 1.900 cigarros por brasileiro.
Segundo Vera Luiza da Costa e Silva, essa queda no consumo vai demorar pelo menos 20 anos para diminuir os números de doenças causadas pelo consumo de cigarros no país.
Hoje, o cigarro é responsável por 80 mil mortes a cada ano no Brasil, uma em cada dez. As principais doenças causadas são as coronarianas, vários tipos de câncer e acidentes vasculares cerebrais.

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